29.9.08

Porsche Diesel Super

Modelo: Porsche-Diesel Super, 1958
Fabricante: Universal Hobbies
Muito belo e difícil de encontrar, apenas a Universal Hobbies e a Minichamps o fabricam, em 1:43 e 1:18, respectivamente. A Schuco produz o Junior nas duas escalas.
Excelentes detalhes, todas a alavancas e pedais estão muito bem feitos e o característico Porsche-Diesel na parte traseira do banco.
Nota positiva para o sistema hidráulico que sobe e desce, a negativa vai para os faróis que não passam de uma pintura, quando deveriam ser em plástico.

HISTORIA DO TRACTOR PORSCHE - Parte I "Porsche-Allgaier" - Parte II "Porsche-Diesel"
A nova empresa, fundada a 1 de Janeiro de 1956 com o nome Porsche-Diesel-Motorenbau-GmbH [(Motorenbau = construção de motores) (GmbH = S.A.R.L.)] com base em Friedrichshafen era uma filial a 100% da Mannesmann AG (AG = S.A.).
A Porsche KG, em Stuttgart, assumiu o controlo de parte dos trabalhos de construção e desenvolvimento.
O novos tractores Porsche idênticos em todos os aspectos aos seus antepassados Allgaier, excepto 3 A 111 que receberam uma melhor distinção, A 111 V em vez de A 111 K e A 111 em vez de A 111 L.
Durante 1956, várias pequenas mudanças tinham sido concluídos, como o logótipo de P da Porsche, em vez de A para Allgaier, (P 111, P 122, P 133, P 144), a rubrica Allgaier foi substituída pela Porsche-Diesel. O AP 18 substitui o AP 16, uma vez que este nao benefeciou da embraiagem hidráulica.
Em 1957, 16 000 metros quadrados de oficinas são construídas, beneficiando das mais recentes técnicas de fabrico, a Porsche-Diesel podia considerar uma produção anual de até 20000 tractores. As vendas no mercado interno atingem cerca de 11000 unidades e a exportação cerca de 6000 unidades. A Porsche celebra acordo com Deutz para compartilhar tecnologia e abastecimento de partes específicas.
O Porsche-Diesel, com apenas 11 000 matrículas de tractores, segundo as estatísticas, passou do 6º construtor alemão em 1957 para 2º em 1958.
O fornecimento contínuo de tratores levaram à substituição do tipo P 111, P 122, P 133 e P 144 por 3 tipos Junior, Standard, e mais tarde acrescentou o Super e Master.Os Junior, type 108, foram equipados com um motor de um único cilindro, com uma potência de 14 CV e uma caixa de velocidades ZF, de 5 marchas para a frente e 1 para trás. Este modelo foi construído em três variantes identificadas K, L, S, este último era uma versão especial de vias estreitas, especialmente concebido para vinhas.
O Standard, type 218 que existiu em 3 modelos, foi equipado com um motor bi-cilindrico, com potências de 20, 22 ou 25 cv e as caixa de velocidades ZF.
Houve também uma versão de vias estreitas; o AP / S.
O Super N, type 308, equipado com um motor de três cilindros, uma potência de 38 CV e caixa de velocidades Porsche, 5 para a frente e 1 para trás.
O Super B (type B 308) o qual dispunha de equipamentos e capacidades para operações especiais, foi concebido para obras públicas, com particularidade da tomada de força na parte dianteira e sistema hidráulico que permitia a adaptação de diversos equipamentos.
Em paralelo com estes 2 modelos, foi construído um trator de via estreita, o Super S, type S 308.
O Master de quatro cilindros e 50 cv veio substituir o P 144.
No final de 1958, a Porsche-Diesel fez uma queda dramática nos preços de venda dos seus tractores para torná-los acessíveis para as pequenas explorações. Para tal, cria dois tipos de tractores sob a denominação de Junior V e Standard V.
Em 1958, foi construída uma série especial de 150 exemplares Junior 4, type 108-4, a particularidade desta série era o facto de dispor de inversor de marcha.
Em 1960, uma modificação no diâmetro de suporte do motor passou de 95 a 98 milímetros, levaram à alteração do número de construção , que passaram de 108 - 408 a 109 - 409, no mesmo ano surge o Standard T, type 217 e o Standard Star, type 219.
A nova caixa de velocidades T 25 foi desenvolvida pela primeira vez conjuntamente com KHD.
Para o Super B, N e S, já à venda, acrescentou o Super L, type 318 e 319 (diferença devida ao diâmetro de suporte do motor) e do Super Export, type 329, que foi equipado com caixa de velocidades T 25 e motor 309 de 3 cilindros.
As vendas no mercado interno atingem cerca de 10000 unidades e a exportação cerca de 6000 unidades e é introduzido, neste ano, o novo sistema Bosch de elevação hidráulico e de regulação.
Apesar de consideráveis esforços em diversas áreas, a Porsche não pôde manter o 2º lugar de vendas na Alemanha, que foi cedido, em 1960, para IHQ.
Um ano mais tarde, a situação não era a melhor para a Porsche, devido a um construtor alemão muito maior no mercado da concorrência. No Outono de 1962, a MAN assumiu a construção de tractores e tornou-se maioritária no capital da "Porsche -Diesel-Motorenbau-GmbH".
Apesar disso, 3 outros tipos de tractores viram a luz do dia. O Standard Star, type 238 com um motor de 26 cv, nova caixa de velocidades T 25, o Super 339 equipado com um motor de 30 cv e caixa de velocidades T 25 e, finalmente, o Master 429 equipados com motor de 4 cilindros e caixa de 5 velocidades Porsche.

O fim de uma aventura maravilhosa
Após muitos esforços, o consórcio Mannesmann veio após 8 anos de Porsche-Diesel, anunciar a dissolução da empresa Porsche-Diesel-Motorenbau-GmbH.
Através de uma parceria anterior com a Renault (concebendo um motor Porsche para uma transmissão Renault), a empresa cria Porsche-Diesel-Renault-Vertriebs mbH, a sua finalidade foi conseguir vender o stock de tratores e prestar serviço e substituição de peças aos produtos Porsche-Diesel.
Os últimos tractores Porsche-Diesel foram produzidas no final de 1963, no entanto, um grande número de unidades foram montadas no início de 1964. Estes foram montados nas instalações de produção em céu aberto porque as instalações foram utilizadas para produzir motores diesel para os tanques da NATO.
O património industrial foi vendido para a Daimler-Benz.
Assim termina um capítulo na história agricola da Porsche, cerca de 120000 tratores foram construídos pelo famoso fabricante, que conhecia melhor do que ninguém incorporar as inovações tecnológicas para as suas realizações.

Um pouco de Porsche fora de estrada:

A consultar:
porsche-diesel.com
konedata.net
porschediesel.de

9.9.08

Talbot Sunbeam Lotus

Modelo: Talbot Sunbeam Lotus, Rally do Brasil, G. Franquelin - J. Todt, 1981
Fabricante: IXO
Colecção Rally Car, Altaya

Esta miniatura representa um automóvel que, até a ter adquirido, desconhecia a sua participação e palmarés nos Rallys.
Prima pelos bons decalques e de destacar os faróis dianteiros, bela miniatura...

Um Pequeno Sucesso
No final dos anos 70, a Sunbeam pertencia à Chrysler-Europa, que pretendia afirmar a marca. Para tal desenvolveu o Chrysler-Simca Sunbeam Lotus, que mais tarde se passou a chamar Talbot Sunbeam Lotus por imperativos do grupo PSA que passou a designar a Chrysler-Europa de Talbot.
Foi lançado em Março de 1979 no Salão de Genebra, mas só foram entregues as primeiras unidades em Agosto desse ano.
Esta pequena berlina dispunha de motor Lotus (originário do Lotus Elite 501, esse motor teve a designação de 911), de 2200 cc twin-cam de 4 cilindros, com 150 cv às 5.500rpm.O carro homologado para rallye dispunha de um motor de 2.172 cc em linha - 4 cilindros, com compressão de 11:1 (a versão de estrada tinha um atxa de compressão de 9.4:1), 16 válvulas DOHC, 2 carburadores Dellorto 48mm e desenvolvia 234 cv, permitindo atingir os 100 km/h em 5 segundos.
O Talbot Sunbeam Lotus fez sucesso em 1980, no Lombard-RAC Rally, quebrando anos de domínio da Ford inglesa, primeiramente com o Cortina e depois com a série Escort. Os planos da Sunbeam para rallyes não passava de 1981, surgindo, assim na França o memorável Renault 5 Turbo.
A carreira internacional de rallye do Talbot Sunbeam Lotus, foi desenvolvida entre 1979 a 1982, ganhando o World Championship em 1981. Em 1980, quando ganhou o duro rallye Lombard-RAC, com Henri Toivonen, já havia uma certeza que aquele carro de 4 cilindros tinha bastantes capacidades (nesta prova inglesa, o Talbot Sunbeam-Lotus ficou em 1, 3 e 4 lugar - foi o último carro sem tracção às 4 rodas, que ganhara o RAC na sua classe - Grupo 2).
O Talbot Sunbeam-Lotus conseguiu no Rallye do Brasil de 1981, o segundo lugar, pilotado por Guy Frequelin e Jean Todt como navegador (miniatura que retrata).
Oficialmente foram construídos 2.298 carros, que com as versões de competição somam um total de 2.308 unidades.
Espectacular vídeo, a não perder: